Instituições e conflitos no campo dos museus de Santa Catarina
Neste estudo, analisamos os principais atores sociais que influenciaram a configuração do campo organizacional dos museus de Santa Catarina, entre os anos de 1987 e 2006. Para a análise, adotamos a perspectiva institucional - que nos permitiu observar os distintos graus de estruturação do campo organizacional no período - e acrescentamos um olhar atento tanto às posições ocupadas pelos principais atores que nele operam quanto aos meios que os capacitam para a definição e realização de seus objetivos; ou seja, seus recursos de poder. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas, da observação participante e de documentos. Os resultados permitiram destacar, entre todos os atores, as atuações do Estado e do Núcleo de Estudos Museológicos (NEMU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no campo. O Estado apareceu como importante ator por meio de três estruturas de dominação: a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a coalizão de funcionários da sua diretoria de patrimônio e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Durante o período analisado, constatamos um distanciamento do Estado em relação ao campo, num contraponto à presença do NEMU, o qual surgiu como a mais relevante estrutura de dominação do campo, responsável por importantes alterações na sua configuração.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas
2008
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512008000300004 |
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