A força do trabalho feminino na Odontologia, em Araçatuba - SP
Nos últimos anos tem havido um processo de feminilização nas profissões, principalmente na área da saúde. Nesse trabalho, o objetivo foi analisar o exercício da odontologia por profissionais do sexo feminino, quanto à renda mensal obtida com a profissão, ao grau de satisfação e problemas enfrentados, dentre outros aspectos. Foram entrevistadas 100 cirurgiãs-dentistas, da cidade de Araçatuba, SP, utilizando-se um formulário com 30 perguntas. Os resultados mostraram que 87% disseram não ser a principal fonte de renda de sua família, 38% possuem renda mensal inferior à R$1.500,00; 44% afirmaram que a renda obtida com o exercício profissional não é suficiente. Do total, 78% consideram-se satisfeitas com a profissão, porém 58,2% não incentivariam seus filhos a cursarem odontologia. As principais queixas apontadas são: a baixa remuneração que a profissão lhes proporciona e a saturação do mercado de trabalho. Quanto à saúde, 50,5% possuem algum problema relacionado à atuação profissional, principalmente dores na coluna e varizes. Conclui-se que embora a maioria das entrevistadas afirmou estar satisfeita com a profissão, os problemas financeiros, de saúde, as queixas e a não recomendação da profissão para o filho, traduzem a insatisfação, às vezes inconsciente, das mulheres no exercício da odontologia.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade De Odontologia De Bauru - USP
2003
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-77572003000400005 |
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