A dualidade presença/ausência nas imagens impressas de Edvard Munch e Andy Warhol: aproximações possíveis
Ao observar a iconografia na obra impressa desses dois artistas de contextos diversos, é possível estabelecer uma aproximação. Ambos praticaram repetições e variações temáticas/cromáticas. Uma exposição ocorrida no Louisiana Museum of Modern Art (Dinamarca) colocou lado a lado os dois artistas. O curador da exposição, Poul Erik Tøjner, afirma que ambos compartilham uma consciência retórica sobre os meios e fins da arte. A retórica de Munch, ancorada no Simbolismo, vai além da reiteração de um pensamento sobre o fantasma da ausência, muitas vezes materializado em mancha, sombra e duplo. Warhol, ao emergir nos anos 1960 em Nova York, escolheu a serigrafia - um meio utilizado na publicidade - para "pintar" os seus ícones - estrelas de Hollywood, quase todas de destino trágico. As suas imagens - Marilyns, cadeiras elétricas, latas de sopa Campbell, etc. - tematizam não a presença desses seres e objetos, e sim sua ausência.
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
2011
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-53202011000200006 |
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