Metalo-beta-lactamases

Nos últimos anos tem sido observada maior incidência de bacilos Gram-negativos resistentes a cefalosporinas de espectro ampliado no ambiente hospitalar, ocasionando, assim, maior uso de betalactâmicos mais potentes, como os carbapenens. A utilização de carbapenens exerce maior pressão seletiva sobre a microbiota hospitalar, o que pode ocasionar aumento da resistência a esses agentes. Entre os mecanismos de resistência a carbapenens mais comumente identificados estão a produção de betalactamases, como, por exemplo, as pertencentes à classe D de Ambler e as que pertencem à classe B de Ambler, ou metalo-beta-lactamases (MbetaL). Essas últimas hidrolisam todos betalactâmicos comercialmente disponíveis, sendo a única exceção o monobactam aztreonam. Desde o início da década de 1990, novos genes que codificam MbetaLs têm sido descritos em microrganismos clinicamente importantes, como Pseudomonas spp., Acinetobacter spp. e membros da família Enterobacteriaceae. O encontro desses microrganismos não-sensíveis a carbapenens pode ser submetido a metodologias fenotípicas para detecção da produção de MbetaL com o intuito de auxiliar a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e prevenir a disseminação desses determinantes de resistência, uma vez que genes que codificam MbetaLs estão contidos em estruturas genéticas que propiciam sua mobilidade de forma muito efetiva, sendo então facilmente disseminados.

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Bibliographic Details
Main Authors: Mendes,Rodrigo Elisandro, Castanheira,Mariana, Pignatari,Antonio Carlos Campos, Gales,Ana Cristina
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Patologia Clínica 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442006000200007
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