Aneurisma toraco-abdominal pós-dissecção crónica tipo B: um desafio anatómico com uma solução endovascular inesperadamente simples
Introdução: Com tratamento médico, 77,6% dos doentes sobrevivem à fase crónica da dissecção aórtica. Vinte e cinco a 40 por cento dos doentes sob tratamento médico que sobrevivem a uma dissecção aguda da aorta evoluem para aneurisma. Caso clínico: Homem de 73 anos, hipertenso, admitido por colecistite aguda perfurada. O estudo imagiológico documentou um aneurisma toraco-abdominal pós-dissecção crónica tipo B. O orifício de entrada, extremamente calcificado, encontrava-se na transição entre o terço médio e distal da aorta torácica descendente. A rotura contida não podia ser excluída. O tronco celíaco, as artérias mesentérica superior e renais originavam-se do lúmen verdadeiro. O orifício de reentrada era visível na face posterior da aorta, entre as 2 artérias renais. Todo o segmento aórtico dissecado encontrava-se francamente calcificado e o verdadeiro lúmen apresentava-se significativamente estenosado. O doente permaneceu sob antibioterapia e controlo tensional apertado. Foi realizada colecistiostomia percutânea ecoguiada. Foi submetido ao implante de uma endoprótese tubular cónica, imediatamente acima da origem do tronco celíaco. Na angiografia de controlo, identificava-se preenchimento retrógrado lento do falso lúmen, através do que havia sido o orifício de reentrada. Optou-se por uma atitude conservadora. Quatro dias após a intervenção, a TC de controlo documentou um resultado favorável com trombose do falso lúmen, conseguindo-se assim a exclusão do aneurisma.
Main Authors: | , , , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular
2016
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2016000100011 |
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