Menisco discóide: Controvérsias do tratamento

O menisco discóide é a denominação para uma variante anatómica anormal dos meniscos dos joelhos, que é frequentemente assintomática. A morfologia e por vezes a instabilidade do menisco discóide são responsáveis pelo seu risco aumentado de roturas e lesões degenerativas, que podem causar sintomas. Uma avaliação clínica adequada combinada com uma ressonância magnética nuclear do joelho são essenciais para um diagnóstico precoce de um menisco discóide sintomático. As opções de tratamento são controversas e variam de acordo com o tipo de menisco discóide, a sua estabilidade e a presença e tipo de roturas meniscais. Os tratamentos atuais incluem meniscectomia parcial, sutura de roturas, estabilização meniscal e meniscoplastia. A maior parte dos artigos demonstram bons e excelentes resultados clínicos e funcionais a curto e médio prazo, no entanto os resultados a longo prazo e o risco de progressão para osteoartrose precoce permanecem desconhecidos. O objetivo deste artigo é realizar uma revisão bibliográfica da patologia do menisco discóide, procurando rever os conhecimentos mais recentes nas várias dimensões desta patologia, nomeadamente em termos de definição, epidemiologia, fisiopatologia, sintomatologia, diagnóstico, opções de tratamento e prognóstico. Para isso foi realizada uma pesquisa na base de dados Pubmed/Medline com as palavras “Discoid Meniscus” e foram seleccionados os artigos originais e de revisão publicados em língua inglesa considerados mais relevantes sobre este tópico.

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Bibliographic Details
Main Authors: Moura,Diogo, Marques,Pedro, Fonseca,Fernando
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia 2017
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222017000300005
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