Império, Patronato e uma Revolta no Reino do Kongo
Este artigo argumenta que o famoso levante ocorrido no Kongo, em 1913, simbolizou uma rotura nas relações clientelistas estabelecidas entre o Estado colonial português, os governantes do Kongo em São Salvador, e seus eleitores locais. Por um lado, a imposição colonial do trabalho forçado minou um contrato social que fazia o rei do Kongo confiável para os chefes subalternos e seus seguidores. A revolta subsequente contra o governante em exercício, Manuel Kiditu, é explicada em termos de economia moral como uma resposta coletiva ao desrespeito às regras da reciprocidade social por parte de Kiditu e seus assessores. Por outro lado, a quebra nas relações de confiança entre Kiditu e o líder rebelde Álvaro Buta também desempenhou um papel crucial na revolta.
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Centro de Estudos Internacionais do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa
2017
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-37942017000100008 |
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