Maternidade prematura: Uma investigação psicossociológica na unidade de terapia intensiva neonatal
Ter um filho prematuro internado em uma UTI Neonatal geralmente é considerado um momento difícil e inesperado para muitas mulheres. Para compreender tal experiência, a presente pesquisa buscou apreender as representações sociais de maternidade e paternidade entre mães com filhos prematuros internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com sete mães em um hospital público do ES, as quais foram submetidas à análise de conteúdo. Os resultados indicaram a recorrência a modelos tradicionais dos papéis parentais, os quais contribuíam para uma sobrecarga de responsabilidade para as mães. Entretanto, foi observado que a procura de alguns pais por uma relação mais próxima com a criança era desencorajada por algumas mães. Este estudo destaca a necessidade de resgatar e compreender o universo psicológico das mães, inserindo os pais nesse contexto, pois pouco se sabe como estes compreendem e enfrentam este período delicado. Os resultados evidenciaram também a necessidade de novos modelos de atendimento que sejam respaldados por uma constante reflexão crítica dos profissionais sobre suas próprias representações e práticas neste cenário, no intuito de não direcionar os cuidados e responsabilidades apenas para as mães.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde
2007
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862007000200008 |
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