Pedagogias queer e libertária para educação em cultura visual
Cada vez mais, a escola distancia suas prioridades da formação integral do indivíduo e concentra seus esforços numa preparação econômica dos jovens. Novos modos de ensinar ou a retomada de pedagogias esquecidas podem relembrar os significados primordiais da educação. Na perspectiva de novas maneiras de pensar a educação, encontra-se a pedagogia queer, maneira de educar inspirada na teoria homônima, que analisa e vive a sexualidade e/ou o gênero fluído, não binário. A pedagogia queer não ignora a diversidade das manifestações sexuais, fugindo da maneira binária de entender o gênero e a cultura; é uma educação que traz as diferenças para dentro do cotidiano da sala de aula. Por sua vez, a pedagogia libertária encontra inspiração teórica nos pensamentos e práticas anarquistas de diversos autores, sendo a vertente socialista libertária a mais citada pelos educadores. Os princípios norteadores da pedagogia anarquista são: liberdade, autonomia, criatividade e solidariedade - ademais, a educação integral, que propõe um aprendizado que abarque todos os aspectos do ser humano (intelectual, social, emotivo e motor) e em que os interesses e a individualidade dos estudantes sejam valorizados. Nessa pedagogia, a liberdade é sinônimo de harmonia social. No âmbito da educação em cultura visual, conceito que amplifica o conteúdo geralmente abordado na arte/educação com manifestações culturais contemporâneas e do cotidiano, as novas formas de ensinar possibilitam ao estudante uma maneira menos predeterminada de entender o mundo e a si mesmo.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo
2010
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022010000300006 |
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