Roland Barthes e seus primeiros toques de delicadeza minimalista: sobre O grau zero da escritura

A mais de meio século da publicação de O grau zero da escritura e a trinta anos do desaparecimento de Roland Barthes, ensaia-se aqui um exame da obra princeps, uma das mais radicais da crítica contemporânea e, bem por isso, uma das mais intrigantes. O presente artigo constitui-se de notas para um acercamento das principais influências ativas sobre o primeiro Barthes e das principais literaturas no horizonte desta nova crítica, quando ela principia, em 1953. Trata-se também de uma tentativa de pequena gênese do conceito de "grau zero", estranho ao corte saussuriano da escola das estruturas. Destas notas, espera-se que encaminhem um argumento em defesa da ideia de que, antes que erráticos, os escritos barthesianos são percorridos por uma linha de força representada pelo "grau zero", que nada mais é que o "neutro". A esse conceito sui generis - em sua última versão grafado com maiúscula - seria inteiramente dedicado o penúltimo curso no Collège de France. Podemos dizer que ele fecha um círculo virtuoso.

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Bibliographic Details
Main Author: Motta,Leda Tenório da
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pos-Graduação em Letras Neolatinas, Faculdade de Letras -UFRJ 2010
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-106X2010000200004
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