Contribuição da citometria de fluxo para o diagnóstico e prognóstico das síndromes mielodisplásicas
O diagnóstico das síndromes mielodisplásicas (SMD) é baseado nos achados de citopenias no sangue periférico, na morfologia (atipias) das células hemopoiéticas na medula óssea e no cariótipo. Em uma proporção considerável de casos, porém, o grau de atipias encontrado é discreto e sujeito a interpretações subjetivas. Além disso, alterações citogenéticas são encontradas apenas em 30%-80% dos casos. A citometria de fluxo multiparamétrica é uma técnica rápida, reproduzível e relativamente barata, capaz de objetivar alterações funcionais do clone SMD na maioria dos casos, o que permite o diagnóstico diferencial com patologias não-clonais que cursam com citopenias periféricas. Várias alterações têm sido descritas na expressão de antígenos ligados a linhagem e maturação celular nas três séries hemopoiéticas. Protocolos de três ou quatro cores analisando-se as séries eritroblástica, mielomonocítica e blastos têm sido propostos e conseguem resolver o diagnóstico diferencial em praticamente todos os casos. A citometria de fluxo também é útil para o acompanhamento dos pacientes, já que a progressão do clone neoplásico é acompanhada por um aumento do número de alterações fenotípicas e de células CD34+ além da diminuição de marcadores pró-apoptóticos.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia e Terapia Celular
2006
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-84842006000300005 |
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