Resistir ao presente: tensionando heranças modernas para pensar a Educação Ambiental

Resumo: O artigo objetiva analisar o discurso inicial da ciência moderna como uma das condições de possibilidade para emergência da crise ambiental. Para isso, analisa o Novum organum, de Francis Bacon e O discurso do método, de René Descartes. A partir dos estudos foucaultianos sobre a função-autor e a atualização dos ditos no contemporâneo, busca-se elementos para problematizar o eterno retorno de nossas heranças modernas. Dá-se visibilidade a três reativações discursivas: aos modos atuais de encarar a ciência; a dupla posição do humano hoje e a objetificação da natureza. Abordando os fundamentos históricos, epistemológicos e filosóficos da Educação Ambiental (EA), esse artigo busca contribuir para pensarmos na responsabilidade dos professores e pesquisadores desse campo, olhando de modo provocativo para a crise ambiental que experienciamos. Examinando a crise, talvez pudéssemos, com o auxílio dos fundamentos da EA, tensionar nossas heranças modernas. Não para negá-las, mas para potencializar o desejo de resistir ao presente.

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Bibliographic Details
Main Author: Henning,Paula Corrêa
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências, campus de Bauru. 2019
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132019000300763
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