Efeito do tratamento da depressão sobre o esvaziamento gástrico

O esvaziamento gástrico foi medido por meio de refeição sólida marcada com 99mTc em 11 pacientes que atendiam os critérios de "depressão maior" do DSM-III-R antes e após o tratamento com fluoxetina (20 a 40mg por dia) durante nove semanas. Após o tratamento não se observou redução no tempo para o esvaziamento gástrico de metade da refeição de prova (T1/2) em relação a antes do tratamento. Pode-se, no entanto, separar os pacientes em dois subgrupos: 1) Os que exibiram resposta ao antidepressivo (redução do escore da Escala de Depressão de Hamilton >50%) e apresentaram redução significativa do T1/2 (p<0,001) e 2) Os pacientes que, sem resposta ao tratamento (redução do escore da Escala de Depressão de Hamilton £50%), não apresentaram redução do T1/2 (p>0,10). Concluímos que a alteração da velocidade do esvaziamento gástrico pode estar correlacionada à resposta ao tratamento antidepressivo e que sua redução ou aumento não pode ser atribuída à ação farmacológica da fluoxetina sobre o estômago, mas antes ao efeito da melhoria da depressão sobre a motilidade gástrica.

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Bibliographic Details
Main Authors: Demetrio,Frederico Navas, Soares,Marisa Nieri de Toledo, Moreno,Ricardo Alberto, Costa,Paulo Luiz Aguirre, Lopasso,Fábio Pinatel, Laudanna,Antonio Atílio
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Psiquiatria 1999
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000100004
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