"Vou pintar o terror!": "Pois bem, veja então isso!"

A errância do adolescente em situação de rua reflete uma segregação social perversa, marcada pela destituição simbólica e pela mutilação social. Em meio ao despedaçamento e ao desamparo, um adolescente enuncia e ameaça: "Vou pintar o terror!". Uma violência que ora se apresenta como um reflexo do organismo ora ancora-se num esboço de discurso endereçado ao Outro, numa tentativa de inscrição. Partimos de uma experiência clínico-institucional (Olinda, PE) e propomos situar, na radicalidade da violência, uma tentativa de enodamento entre o ato e o apelo ao Outro.

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Bibliographic Details
Main Authors: Barros,Paula Cristina Monteiro de, Frej,Nanette Zmeri, Melo,Maria de Fátima Vilar de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental 2014
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142014000600604
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