Pais encarcerados: filhos invisíveis

Esta pesquisa visa a fomentar uma discussão que consideramos de grande relevância social. Como estudantes de Psicologia, curiosos a respeito do comportamento humano e das relações sociais, uma questão chama nossa atenção: como uma criança pequena vive a experiência da referência paterna submetida à tutela do Estado? Embora representem enormes avanços, na prática, a Lei de Execução Penal e O Estatuto da Criança e do Adolescente parecem inconciliáveis: o direito ao convívio e o vínculo da criança com o pai tutelado pelo sistema carcerário apresenta-se, de fato, barrado. As regras de condutas igualam o tratamento dispensado a adultos e crianças. Diz uma criança de quatro anos: "... a gente abaixa e levanta três vezes, é igual fazer xixi." Torna-se indispensável rever os procedimentos adotados; o que ocorre pode, no mínimo, ser tomado como maus-tratos.

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Bibliographic Details
Main Author: Santos,Andréa Marília Vieira
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Conselho Federal de Psicologia 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932006000400007
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