O tempo do luto materno pelo filho que morreu na infância

Resumo Objetivo desvelar o movimento existencial da mãe após a morte do filho por acidente doméstico na infância. Método pesquisa embasada no referencial teórico-filosófico-metodológico da fenomenologia de Martin Heidegger, com dados coletados entre maio e junho de 2017, mediante entrevista fenomenológica com 10 mães cujos filhos morreram em decorrência de acidentes domésticos na infância. Resultados da compreensão dos relatos, emergiram três temáticas: Lembrando o sofrimento profundo diante da morte do filho e os primeiros dias/meses sem ele; Revivendo a dor no presente, por meio da falta diária e das datas importantes e objetos/símbolos da criança; e Antecipando que a dor e a falta que sentem dos filhos nunca irão passar. Conclusão e implicações para a prática o tempo não é preditor da elaboração do luto materno. Neste contexto, o vivido da mãe é composto por um conjunto de significados, que envolvem multiplicidade de fatores e geram importantes repercussões ao longo da vida. Na perspectiva para promoção do cuidado, emergem, assim, a necessidade de ampliar a compreensão e as ações de acolhimento à mãe enlutada, refletindo sobre a temporalidade como constituinte do enlutamento materno.

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Bibliographic Details
Main Authors: Bezerra,Maria Augusta Rocha, Rocha,Ruth Cardoso, Carneiro,Cristianne Teixeira, Rocha,Karla Nayalle de Souza, Moura,Diogo Filipe Santos, Rocha,Silvana Santiago da
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2022
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452022000100223
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