Prática rotineira da episiotomia refletindo a desigualdade de poder entre profissionais de saúde e mulheres
A episiotomia constitui-se no procedimento operatório mais comum na obstetrícia moderna, devendo ser realizada com consentimento informado da mulher. Objetivando identificar o conhecimento e a participação das mulheres nas decisões obstétricas, realizou-se um estudo qualitativo com mulheres submetidas a episiotomia durante o parto em um Hospital Escola no interior de Minas Gerais. A observação participante e a entrevista foram empregadas como meios para a coleta de dados. Da análise das 16 entrevistas, evidenciou-se que as mulheres apresentam déficit de conhecimento relacionado à intervenção. A observação demonstrou que a episiotomia foi realizada sem informação e sem autorização prévia das participantes do estudo, revelando a relação de autoridade exercida pelos profissionais durante a assistência ao parto. Emergiu a concepção de que a prática rotineira da episiotomia representa o poder exercido pelos profissionais de saúde perante o corpo feminino, destituindo a mulher de poder decisório.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2008
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452008000400006 |
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