Natureza e imaginação: o deus da ecologia no horizonte moral do ambientalismo

Este artigo discute as expectativas de felicidade e elevação moral atribuídas à natureza, no contexto secular contemporâneo, e suas implicações para as práticas educativas ambientais que se baseiam no contato direto com ambientes naturais. Situa a gênese do valor moral da natureza pristina (wilderness) no ideário conservacionista norte-americano do século XIX e argumenta que o sujeito conservacionista-moral do wilderness, associado ao contexto democrático-liberal do século XIX, corrobora, na atualidade, com a noção de natureza boa e bela, tomada como lugar da autenticidade e da transcendência. Contudo, isso não significa uma simples repetição dos ideais do século XIX. O ideal de virtude ecológica contemporânea aciona e transforma esta noção de natureza, agenciando parte dessa inspiração do século XIX às novas configurações do eixo secularização e transcendência a partir das espiritualidades da imanência do tipo Nova Era.

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Bibliographic Details
Main Authors: Carvalho,Isabel Cristina de Moura, Steil,Carlos Alberto
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ANPPAS - Revista Ambiente e Sociedade 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2013000400007
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