Capitalismo dependente e cultura autocrática: contribuições para entender o Brasil contemporâneo

Resumo A construção deste ensaio é motivada pela necessidade de compreender a natureza dos dilemas vislumbrados na atual conjuntura brasileira - uma economia apartada das necessidades internas, marcada pela restrição sistemática aos trabalhadores no acesso a direitos sociais fundamentais, e um poder de Estado impermeável às necessidades das amplas maiorias. Deste modo, objetiva-se realizar uma análise crítica do que denominamos por cultura autocrática a partir dos seus dois elementos constitutivos: a dependência e a reciclagem do período contrarrevolucionário. Por cultura autocrática compreendemos a expressão política da dependência, caracterizada pela permanente reciclagem do processo democrático, o qual se mantém voltado para anular o ímpeto das forças sociais de baixo e preservar tanto o atual padrão de acumulação do capital, como o autoprivilégio da classe dominante. Para realização deste estudo procedemos à pesquisa bibliográfica e documental; e optamos por ter como principais interlocutores acerca do tema os pensadores Florestan Fernandes (1976, 2008, 2009) e Ruy Mauro Marini (2011, 2012), por considerar imprescindível a produção de ambos acerca do fenômeno da dependência latino-americana.

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Bibliographic Details
Main Author: Marques,Morena Gomes
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Curso de Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802018000100137
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