História crítica da hipnose na psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil, entre 1930-1970

O artigo apresentado tem como objetivo o estudo histórico do uso da hipnose, compreendida como prática clínica, na Clínica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre os anos de 1930-1970. A transição da psiquiatria paulista nesse período, quando se deu a mudança das atividades do Hospital do Juqueri para a Faculdade de Medicina-USP, apoiou-se decisivamente no poder simbólico do discurso psiquiátrico, que tomou o axioma “ser científico” como filtro valorativo para apreciar ou depreciar determinadas práticas. Exemplarmente, a hipnose permaneceu imune ao crivo “científico” desses mesmos psiquiatras, que a adotavam como prática clínica sem submetê-la ao mesmo escrutínio aplicado a outras práticas, especialmente a psicoterapia psicanalítica. Por meio de documentos produzidos na época analisada, busca-se identificar o teor desses discursos psiquiátricos, imbuídos de sua dimensão considerada científica, redundando como estratégia de manutenção ou não de certas práticas, como foi o da hipnose.

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Bibliographic Details
Main Authors: Alarcão,Gustavo Gil, Mota,André
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: UNESP 2019
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832019000100220
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