Autopercepção de saúde em quilombolas do norte de Minas Gerais, Brasil
Resumo Comunidades quilombolas vivenciam situação de vulnerabilidade social, mesmo mais de um século da abolição da escravatura, principalmente em relação aos cuidados de saúde. O estudo objetivou conhecer a autopercepção da saúde (APS) em comunidades quilombolas do Norte de Minas Gerais e os fatores associados à percepção negativa da própria saúde. Inquérito domiciliar com amostra representativa das comunidades quilombolas da região estudada. Foram utilizados instrumentos validados para coleta de dados sobre a APS, condições socioeconômicas e demográficas, hábitos de vida e morbidade autorreferida. Após análise bivariada, conduziu-se análise de regressão logística hierarquizada. A prevalência de APS negativa foi de 46,0%. As seguintes variáveis mostraram-se estatisticamente associados a uma APS negativa: idade e escolaridade, como variáveis distais e hipertensão, diabetes, artrite, depressão e problemas de coluna como variáveis proximais. A APS mostrou-se associada a dimensões demográficas, socioeconômicas e, especialmente, à morbidade autorreferida. O conceito de saúde para as comunidades quilombolas estudadas parece estar intimamente ligado à ausência de doenças, especialmente as crônicas.
Main Authors: | , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
2015
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232015000902879 |
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