Significado da morte para médicos frente à situação de terminalidade de pacientes submetidos ao Transplante de Medula Óssea

Este estudo teve como objetivo investigar o significado da morte para médicos que atuam com pacientes em condição crítica no contexto do Transplante de Medula Óssea (TMO). A pesquisa foi fundamentada no enfoque metodológico qualitativo e no estudo de caso coletivo, e utilizou o referencial teórico da psicodinâmica do trabalho. Participaram os cinco médicos vinculados a uma Unidade de TMO de um hospital universitário do interior paulista. Aplicou-se um roteiro semiestruturado, que abordava as vivências pessoais, acadêmicas e profissionais suscitadas pela situação de terminalidade. Os dados foram sistematizados nas categorias: "Trabalho e identidade profissional: a peleja do médico contra a morte" e "Vocação e formação médica: tudo começa em casa". Os resultados mostram que, no âmbito médico-hospitalar, a morte é quase sempre reduzida à racionalidade tecnicista e por isso deve ser combatida a qualquer custo. As significações atribuídas à morte são ancoradas nos valores da sociedade contemporânea e subjetivadas nos percursos e percalços enfrentados pelo médico ao longo de sua história de vida e na formação acadêmica, que influenciam o modo como os profissionais vivenciam o processo do morrer dos pacientes.

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Bibliographic Details
Main Authors: Santos,Manoel Antônio dos, Aoki,Fernanda Cristina de Oliveira Santos, Oliveira-Cardoso,Érika Arantes de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2013
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013000900017
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