Considerações sobre o feminino e o real na psicanálise
Em suas considerações sobre o feminino Lacan parte da tese de que é um ser que não se submete inteiramente ao Édipo. Privilegiando menos a castração do que a divisão introduzida na menina pelo primado do falo, ele funda suas interrogações a propósito do feminino na divisão da mulher entre os dois gozos. É na medida em que uma mulher não está completamente submetida à lei do significante que haveria a possibilidade de um gozo não-todo referido ao falo. Permanece um inominável, um real que desfruta um outro gozo, suplementar ao falo. A mulher, não inteiramente no simbólico, teria uma relação privilegiada com o real. Trata-se de se perguntar como podemos ler esta relação. Não pretendemos percorrer exaustivamente a teorização do real no ensino de Lacan, mas buscaremos afirmar alguns aspectos fundamentais deste conceito para melhor delimitar o que significa esta relação privilegiada das mulheres com o real.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2011
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722011000100017 |
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