Migração de prótese esofágica para a região ileocecal

A colocação de próteses esofágicas metálicas autoexpansíveis é, na atualidade, uma das terapêuticas de eleição, entre as medidas paliativas, nos doentes com neoplasia esofágica estenosante inoperável. Todavia, a migração das próteses esofágicas continua a ser uma complicação importante. Reportamos um caso de um paciente de 66 anos de idade do género masculino, que tinha uma neoplasia do esófago distal, inoperável. Referia disfagia e apresentava-se muito emagrecido. Uma prótese metálica autoexpansiva coberta (Ultraflex) foi colocada e o paciente esteve assintomático durante 6 meses. Posteriormente, voltou a ter disfagia e retornou ao hospital. A radiografia do tórax não revelou a presença da prótese no esófago. Foi feita uma radiografia do abdómen que revelou a migração da prótese na fossa ilíaca direita. O paciente não referia obstipação nem dor abdominal. Uma segunda prótese foi colocada no esófago distal. Seis meses depois o paciente não tinha problemas em deglutir ou defecar. Em conclusão, tratou-se de um caso de migração de prótese esofágica para a região ileocecal num paciente com neoplasia esofágica inoperável.

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Bibliographic Details
Main Authors: Jorge,João Xavier, Sousa,Luís Almeida e, Panão,Edgard Augusto, Mendes,Sofia, Campos,Mário Júlio, Vale,Abel Cardoso
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia 2013
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-81782013000200004
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