Hospitalização Domiciliária, uma Alternativa ao Internamento Convencional

Resumo Em Portugal, a primeira unidade de hospitalização domiciliária foi formada no Hospital Garcia de Orta em 2015, estavam criadas 24 unidades nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde em 2019 e o objectivo seria abrir mais 10 unidades até final de 2021. Esta modalidade de internamento é considerado como uma alternativa válida ao internamento hospitalar convencional, caracterizada pela prestação de cuidados de saúde de nível hospitalar no domicílio, proporcionando uma abordagem personalizada e adaptada à realidade individual de cada doente no seu meio habitual. A ligação directa entre a equipa de saúde, o doente e os seus cuidadores fora do ambiente hostil do hospital, e ao mesmo tempo sem perder a segurança e a qualidade dos cuidados, permite reforçar a humanização da Medicina, melhorar a percepção da doença e criar oportunidades de educação e promoção da saúde únicas, personalizadas para aquele doente ou família. O envelhecimento da população e o aumento da prevalência das doenças crónicas geram uma pressão crescente no número de camas hospitalares disponíveis. Na perspectiva de sustentabilidade do SNS, a hospitalização domiciliária reduz os custos e as complicações inerentes à hospitalização convencional, podendo ser uma solução para o problema de sobrelotação, com as vantagens clínicas para o doente. Apesar da progressão nacional, a hospitalização domiciliária continua a ser pouco conhecida pela população e pelos profissionais, pretende-se com este artigo realçar e divulgar as particularidades deste serviço de qualidade.

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Bibliographic Details
Main Author: Chan,Sónia
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Medicina Interna 2022
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2022000100047
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