Desigualdades Socioeconómicas na Expressão de Sintomas Depressivos
As desigualdades socioeconómicas em termos das manifestações de saúde são conhecidas e, recentemente também evidenciadas para a saúde mental geral e para as perturbações depressivas em particular, observando-se, recorrentemente, que indivíduos em posições socioeconómicos mais desvantajosas estão em maior risco para o desenvolvimento de doença. Contudo, poucos estudos abordam a relação entre as variáveis passíveis de caracterizar o nível socioeconómico individual e os sintomas depressivos em amostras da população geral com desenhos epidemiológicos válidos. Adicionalmente, muito poucos estudos testam a influência de características relevantes do meio ambiente, enquanto intervenientes na relação entre os sintomas depressivos e o nível socioeconómico, havendo incongruência nos resultados destes. Neste capítulo será feita uma incursão nas tendências teóricas recentes acerca da etiologia do fenómeno em estudo (depressão), enquanto entidade nosológica disposta num contínuo de sinais e sintomas típicos, recorrendo a dados epidemiológicos e revisões consensuais, sempre que possível. A perspectiva aqui adoptada, mune-se de lentes psicológicas para a procura de racionalizações plausíveis e arrisca um olhar social para a procura dos determinantes e das inequidades observadas para a difícil distinção dos fenómenos depressivos.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
ArquiMed - Edições Científicas AEFMUP
2010
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132010000500003 |
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