Em busca da distinção perdida: acessibilidade versus disponibilidade mnésicas em cognição social

A compreensão da forma como se representa, organiza e recupera informação de memória acerca de pessoas e acontecimentos sociais constitui actualmente uma das áreas fundamentais de desenvolvimento teórico e metodológico da Cognição Social. A literatura produzida neste âmbito permite distinguir quatro grandes abordagens, duas delas subjacentes à maior parte da investigação: as redes associativas e as representações esquemáticas; e duas mais recentes: os exemplares e as representações distribuídas. As duas primeiras abordagens, que têm prevalecido em Cognição Social, privilegiam os processos de codificação em detrimento dos processos de recuperação mnésica, levando a que a investigação nesta área continue a concentrar-se nos processos de codificação e organização de informação social em memória e a negligenciar os processos de recuperação que geralmente se assumem como invariantes. Procuraremos no presente artigo descrever e contrastar estas propostas, apresentando alguns argumentos teóricos e empíricos que reforçam a importância dos processos de recuperação, questionando ainda o pressuposto de invariância destes processos, explicita ou implicitamente presente na literatura.

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Bibliographic Details
Main Authors: Garrido,Margarida, Garcia-Marques,Leonel
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ISPA-Instituto Universitário 2003
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82312003000300006
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