O rosto da linha Ana Hatherly
Entre a linha da escrita e a linha do desenho existe uma afinidade só descoberta pela sua relação de parentesco. De outro modo, essa relação é inexprimível, conquanto saibamos dela por um reconhecimento imediato. Abre-se, assim, um novo horizonte para a linha, a saber, do sentimento que nos coloca diante da escrita ou do desenho. Para a artista e poeta portuguesa Ana Hatherly, que em meados dos anos 60 inicia um percurso singular pela interioridade da escrita, a linha fibrilar perde o seu rosto de escrita, mas conserva ainda a máscara da palavra. Em alguns dos seus poemas visuais a escrita perde a sua soberania na derisão de tudo aquilo que a funda e a imagem toma a dianteira. Ana Hatherly procede à "escuta da matéria" e apela à "reinvenção da escrita".
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho
2014
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Online Access: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0807-89672014000300022 |
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