A superexploração da força de trabalho da população preta no Brasil
Resumo: Objetiva-se apresentar a categoria superexploração da força de trabalho no Brasil e suas intensificações na parcela preta da classe trabalhadora brasileira. A história do desenvolvimento do capital enquanto modo de sociabilização para si, no Brasil, é indissociável de formas específicas de exploração da força de trabalho da população preta. Essa configuração implica relações étnico-raciais fundamentadas em uma “forma-racismo” especificamente capitalista que, no contexto brasileiro, se sustenta nas dinâmicas históricas da superexploração da força de trabalho da população preta. O povo preto representa a maior parcela da classe trabalhadora brasileira (57,7 milhões contra 46,1 milhões de pessoas brancas). Isso significa que, seja na exploração imediata ou em formas dela aparentemente distantes, como o capital portador de juros, o capitalismo brasileiro continua a se sustentar, majoritariamente, na exproprição de mais-valor que resulta da superexploração da população preta. O artigo se organiza em um um breve resgate histórico da teoria marxista da dependência e uma categorização da superexploração da força de trabalho no contexto brasileiro que é sustentada em escritos da tradição marxista latino-americana.
| Main Author: | |
|---|---|
| Format: | Digital revista |
| Language: | Portuguese |
| Published: |
Ariadna Ediciones
2023
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| Online Access: | http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-50492023000100222 |
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