PARTICIPAÇÃO JUVENIL E ESCOLA: OS JOVENS ESTÃO FORA DE CENA?

Por muito tempo, a participação juvenil ficou restrita à esfera das instituições clássicas e os partidos políticos de esquerda problematizaram o tema da participação democrática, mas o ator juvenil por excelência, foi sempre o movimiento estudantil. Ampliar a compreensão desses processos, talvez ajude a diminuir o distanciamento entre a escola e os jovens, evidenciando que a apatia e o desinteresse possa ser uma busca por outros contextos educativos. Este texto, pautado em alguns estudos de pesquisadores que têm produzido conhecimento sobre o tema da participação juvenil, aponta diferentes contornos que ampliam a visão tradicional da participação político partidária. É tarefa dos professores, especialmente os de Historia, estarem atentos a tais questões, compreendendo que os jovens possuem saberes gestados em diferentes espaços educativos, o que implica renovar conteúdos e métodos de ensino. O marco teórico dessa reflexão parte do entendimento da participação juvenil nos escritos de Rosana Reguillo, Leslie Serna, José Antônio Pérez Islas, Regina Novais e Helena Abramo, e busca compreender as diferentes formas, conteúdos e processos de mobilização dos jovens contemporâneos. O conceito de juventudes se apóia na investigação sociológica de Marília Sposito, Mario Margulis, José Machado Pais e Alberto Melucci, tendo em vista articular as definições conceituais de juventudes com as de participação, e relacionar essas discussões com a escola. As idéias aqui reunidas pretendem instigar discussões e debates entre jovens e educadores, buscando ressignificar os sentidos atribuídos às ações coletivas juvenis na contemporaneidade.

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Bibliographic Details
Main Author: de Vargas Gil,Carmem Zeli
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Universidad de Chile. Facultad de Ciencias Sociales 2012
Online Access:http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0718-22362012000200005
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