Caminhos atlânticos memória, patrimônio e representações da escravidão na Rota dos Escravos
O artigo examina as diferentes representações da escravidão e do tráfico atlântico presentes na Rota dos Escravos da cidade de Ajudá, na atual República do Benim. Busca-se entender como estas representações exprimem e reconstroem diferentes memórias do passado escravista atlântico. Tenta-se mostrar que a Rota dos Escravos é um lugar construído, onde se percebem duas imagens do escravo, a da vítima absoluta e a do resistente. O percurso proposto sugere dois níveis de leitura: de um lado, os monumentos constituem uma encenação, cujo objetivo é emocionar os descendentes da diáspora (principalmente os norteamericanos), que têm recursos financeiros para fazer turismo em países estrangeiros; de outro lado, as estátuas concebidas pelo artista Cyprien Tokoudagaba e os templos existentes na Rota dos Escravos posicionam o visitante no cruzamento de diferentes memórias e diferentes histórias da escravidão, onde a vitimização dá lugar à afirmação cultural que valoriza a arte, as religiões e as culturas africanas.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais
2009
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752009000100007 |
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