A milagrosa economia da religião: um ensaio sobre capital social
Diz-se freqüentemente que a religião contribui para o capital social, embora sob circunstâncias específicas. Os movimentos religiosos de renovação são comuns entre populações marginalizadas e de baixa renda e parecem ser, freqüentemente, os únicos a construírem instituições em circunstâncias de extrema pobreza e decadência ou vazio institucional; os movimentos religiosos apresentam numerosas características não-democráticas, tais como hierarquias autoritárias e uma forte pressão sobre seus fiéis para que façam sacrifícios e contribuam com dinheiro. Este estudo explora as implicações teóricas dessas observações aparentemente paradoxais, mediante a adoção da abordagem da teoria da escolha racional, junto com o conceito de poder e com um conceito de capital social que põe a ênfase na transparência e na construção de instituições democráticas na sociedade em geral. O argumento é ilustrado pelos exemplos das igrejas evangélicas da América Latina e do judaísmo ultra-ortodoxo, e conclui apresentando a visão que, embora a contribuição dos movimentos religiosos à democratização geral seja limitada, isso não é suficiente para menosprezar o que eles fazem por seus próprios seguidores.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - IFCH-UFRGS
2007
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832007000100005 |
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