Naturalizando a nação: estrangeiros, apocalipse e o Estado pós-colonial
Este artigo examina a situação do Estado-nação pós-colonial sob o prisma da catástrofe ambiental: como é que "invasores" vegetais podem se tornar uma questão política iminente? O que isto poderia nos revelar sobre as relações cambiantes entre cidadania, comunidade e soberania nacional sob condições neoliberais? Examinando estas questões em relação a um caso proveniente da "nova" África do Sul, postulamos três características centrais das organizações políticas pós-coloniais numa era de laissez-faire: a reconfiguração do sujeito-cidadão, a crise da soberania das fronteiras soberanas e a despolitização da política. Os estrangeiros - sejam eles plantas ou pessoas - reúnem em si, sob tais condições, as principais contradições da demarcabilidade de fronteiras e do pertencimento; e uma natureza-estrangeira fornece a linguagem que dá voz a novas formas de discriminação no seio de uma cultura de "pós-racismo" e de direitos civis.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - IFCH-UFRGS
2001
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832001000100004 |
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