A Vida Sexual, de Egas Moniz: eugenia, psicanálise e a patologização do corpo sexuado feminino

Resumo O artigo analisa a obra A vida sexual, do neurologista português Egas Moniz, que intencionava com ela divulgar instruções médicas sobre o corpo sexuado. Compilada nos tomos “Fisiologia” e “Patologia” em 1902, teve 19 edições até sua censura pelo Estado Novo português, em 1933. Nela, Moniz elabora um discurso de diferenciação sexual ancorado em ampla bibliografia produzida entre fins do século XIX e início do século XX, em um contexto de intensos debates acerca de papéis de gênero. Observa-se que seu autor recorreu a múltiplos dispositivos de significação da sexualidade – como a eugenia e a teoria freudiana – para difundir sua ideia de que “o homem é essencialmente sexual, a mulher é essencialmente mãe”.

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Bibliographic Details
Main Authors: Toledo,Eliza Teixeira de, Vimieiro,Ana Carolina
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702018000900069
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