Reações adversas a medicamentos como determinantes da admissão hospitalar
OBJETIVO: A freqüência de reação adversa a medicamentos (RAM) como determinante da hospitalização não está bem documentada na literatura médica brasileira. Objetivou-se determinar esta freqüência, documentando o padrão de uso de medicamentos antes da hospitalização. MÉTODOS: O estudo foi realizado em um hospital escola de atenção terciária à saúde. Constou de duas fases distintas, sendo a primeira a análise dos dados disponíveis a respeito dos diagnósticos que levaram à admissão hospitalar na enfermaria de Medicina Interna durante o ano de 1997. Após esta análise, foi realizado em 1999 o monitoramento intensivo das RAMs de pacientes internados durante quatro meses e o registro dos medicamentos usados nos 15 dias que antecederam a internação e os padrões de morbidade dos pacientes da enfermaria. RESULTADOS: Em 1997, ocorreram 938 internações, 53,4% de pacientes masculinos, com 1,1 diagnóstico por internação e nenhum diagnóstico de RAM. Na segunda fase do estudo, dos 135 pacientes, 52% do sexo feminino, 92% usaram medicamentos antes da internação, e destes, 42% se auto-medicaram nos 15 dias anteriores à internação. A média de uso de medicamentos foi de 3,7. RAM foi responsável por ou teve participação em 6,6% das internações. CONCLUSÕES: O Monitoramento intensivo de pacientes estimula a notificação de RAM e serve como um recurso didático importante na formação dos profissionais de saúde quanto ao uso racional de medicamentos.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Médica Brasileira
2002
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302002000300037 |
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