O computador como proposta para superar dificuldades de aprendizagem: estratégia ou mito?
O objetivo deste estudo foi investigar as concepções de dificuldades de aprendizagem de sujeitos envolvidos em programas que utilizam o computador, buscando identificar as expectativas que depositam no recurso tecnológico para a superação do problema. Investigaram-se três programas, num total de doze entrevistas, classificando os sujeitos em três categorias: professor, instrutor e coordenador da proposta. Dois programas funcionavam em escolas públicas, uma do Rio de Janeiro e outra da Baixada Fluminense, e o terceiro em uma escola particular da Zona Sul do Rio de Janeiro. A análise dos dados foi baseada no Modelo da Estratégia Argumentativa. O confronto dos discursos em um mesmo programa revelou distanciamentos, contradições e poucas aproximações: para alguns, não existe dificuldade de aprendizagem; para outros, a dificuldade não é da criança; e, para outros ainda, a dificuldade é da criança e está relacionada a questões psicológicas passíveis de complexas classificações. O computador aparece ora como mero motivador, ora como meio de disciplinar o aluno, ora como meio de expressão e parte do processo ensino-aprendizagem. A existência de conflitos entre as concepções reflete um não-consenso entre os envolvidos, acarretando efeitos impeditivos aos objetivos pretendidos pelos programas.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná
2008
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602008000100015 |
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