Estado e educação: implicões do liberalismo sobre a constituição da educação especial e inclusiva

Este artigo busca compreender as relações entre Estado, educação e as pessoas com necessidades educacionais especiais, bem como as perspectivas das políticas educacionais a partir dos anos 90 e a construção da qualidade em educação. Do ponto de vista teórico-metodológico, as pessoas com necessidades especiais são tomadas como sujeitos da história, tendo em conta suas possibilidades e seus limites para intervenção nas políticas públicas para a educação no Brasil e na América Latina. A análise das novas formas de exclusão resultantes do neo-economicismo liberal é considerada condição fundamental para a compreensão do lugar, posição, valor, direitos das pessoas com história de deficiência e, ao mesmo tempo, os princípios, finalidades e ideologias implícitas e explícitas nas políticas educacionais e sociais. A qualidade da educação e as novas funções a serem exigidas da educação especial necessitam ser pensadas à luz desse contexto de reformulação do papel do Estado, reestruturação dos processos produtivos, globalização econômica, financeira e cultural. Enfim, este trabalho situa a Educação Especial e os sujeitos com necessidades especiais social, econômica e politicamente, considerando os papéis que vêm sendo chamados a desempenhar nesse contexto de reestruturação produtiva, de flexibilização e fragilização das instituições e dos serviços públicos.

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Bibliographic Details
Main Author: Ross,Paulo Ricardo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná 2002
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40602002000100015
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