Nível socioeconômico, qualidade e eqüidade das escolas de Belo Horizonte
Entre os fatores que impactam o desempenho cognitivo dos alunos da educação básica destacam-se sua família, as estruturas da sociedade e a escola que ele estuda. A forma de medir estes fatores sofreu enorme impacto com a popularização de duas novas técnicas estatísticas: a Teoria de Resposta ao Item (TRI) e os modelos de regressão para dados hierárquicos. Nesse trabalho apresentam-se três medidas caracterizadoras de uma escola; sua posição construída com ajuda da TRI a partir de indicadores fornecidos pelos alunos, medidas da qualidade e medidas da eqüidade criadas com ajuda dos modelos hierárquicos. A base de dados utilizada é composta por informações provenientes dos questionários socioeconômicos e pelas medidas de desempenho cognitivo dos estudantes das escolas de Belo Horizonte presentes no SIMAVE 2002 e nos vestibulares da UFMG em 2002, 2003 e 2004. A análise da qualidade das escolas de Belo Horizonte, através de modelo onde a influência do nível socioeconômico no desempenho dos alunos é controlada, mostra uma dimensão otimista da realidade. Algumas escolas, públicas e privadas, pelas suas políticas e práticas pedagógicas conseguem fazer diferença no desempenho de seus alunos mesmo quando eles são socioeconomicamente desfavorecidos. Por outro lado, hoje o sistema de educação básica de Belo Horizonte só consegue produzir qualidade na presença de alta iniqüidade. O acesso está garantido, mas apenas alguns terminam a educação básica com desempenho nos níveis de desempenho adequados.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Fundação CESGRANRIO
2006
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362006000100008 |
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