(Co)memorar maio de 1968: o imaginário anarquista e a liderança negativa

Resumo Em 2018, os “acontecimentos de Maio de 1968” co-memoraram cinquenta anos. No Brasil, co-memorávamos os cinco anos de junho de 2013, uma parte do composto do “ciclo de lutas”. Esses dois momentos têm em comum, entre outras coisas, o fato de nos fazer pensá-los ainda hoje, pois, apesar de terem findado enquanto ato, eles continuam a existir em termos de afeto e efeito. Eles fazem parte de uma memória coletiva, de uma co-memória, que permite que se participe junto em razão daquilo que deixaram no tempo depois. São significados, sentidos e restos que se manifestam no campo sócio-político e no campo de uma subjetividade coletiva. Neste trabalho, destaco dois elementos similares de tais eventos: o imaginário anarquista que os caracterizou e também a consolidação do que denomino de “liderança negativada”. A psicanálise serve como suporte teórico para as considerações, especialmente no que tange à questão do que se repete.

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Bibliographic Details
Main Author: Ferreira,Patrícia do Prado
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo 2020
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642020000100229
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