Diretrizes Brasileiras para o tratamento farmacológico de pacientes hospitalizados com COVID-19: Diretriz conjunta da Associação Brasileira de Medicina de Emergência, Associação de Medicina Intensiva Brasileira, Associação Médica Brasileira, Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e Sociedade Brasileira de Reumatologia

RESUMO Objetivos: Há diversas terapias sendo utilizadas ou propostas para a COVID-19, muitas carecendo de apropriada avaliação de efetividade e segurança. O propósito deste documento é elaborar recomendações para subsidiar decisões sobre o tratamento farmacológico de pacientes hospitalizados com COVID-19 no Brasil. Métodos: Um grupo de 27 membros, formado por especialistas, representantes do Ministério da Saúde e metodologistas, integra essa diretriz. Foi utilizado o método de elaboração de diretrizes rápidas, tomando por base a adoção e/ou a adaptação de recomendações a partir de diretrizes internacionais existentes (GRADE ADOLOPMENT), apoiadas pela plataforma e-COVID-19 RecMap. A qualidade das evidências e a elaboração das recomendações seguiram o método GRADE. Resultados: Foram geradas 16 recomendações. Entre elas, estão recomendações fortes para o uso de corticosteroides em pacientes em uso de oxigênio suplementar, para o uso de anticoagulantes em doses de profilaxia para tromboembolismo e para não uso de antibacterianos nos pacientes sem suspeita de infecção bacteriana. Não foi possível fazer uma recomendação quanto à utilização do tocilizumabe em pacientes hospitalizados com COVID-19 em uso de oxigênio, pelas incertezas na disponibilidade e de acesso ao medicamento. Foi feita recomendação para não usar azitromicina, casirivimabe + imdevimabe, cloroquina, colchicina, hidroxicloroquina, ivermectina, lopinavir/ ritonavir, plasma convalescente e rendesivir. Conclusão: Até o momento, poucas terapias se provaram efetivas no tratamento do paciente hospitalizado com COVID-19, sendo recomendados apenas corticosteroides e profilaxia para tromboembolismo. Diversos medicamentos foram considerados ineficazes, devendo ser descartados, de forma a oferecer o melhor tratamento pelos princípios da medicina baseada em evidências e promover economia de recursos não eficazes.

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Bibliographic Details
Main Authors: Falavigna,Maicon, Stein,Cinara, Amaral,José Luiz Gomes do, Azevedo,Luciano Cesar Pontes de, Belli,Karlyse Claudino, Colpani,Verônica, Cunha,Clóvis Arns da, Dal-Pizzol,Felipe, Dias,Maria Beatriz Souza, Ferreira,Juliana Carvalho, Freitas,Ana Paula da Rocha, Gräf,Débora Dalmas, Guimarães,Hélio Penna, Lobo,Suzana Margareth Ajeje, Monteiro,José Tadeu, Nunes,Michelle Silva, Oliveira,Maura Salaroli de, Prado,Clementina Corah Lucas, Santos,Vania Cristina Canuto, Silva,Rosemeri Maurici da, Sobreira,Marcone Lima, Veiga,Viviane Cordeiro, Vidal,Ávila Teixeira, Xavier,Ricardo Machado, Zavascki,Alexandre Prehn, Machado,Flávia Ribeiro, Carvalho,Carlos Roberto Ribeiro de
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB 2022
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2022000100001
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