Garantia literária: elementos para uma revisão crítica após um século
Considerando o princípio da garantia literária, formulado por Hulme em 1911, para quem os termos de um sistema de classificação devem derivar antes da literatura a ser efetivamente classificada (o que se encontra documentado) do que de considerações puramente teóricas (classificações científicas ou filosóficas ou em uma suposta autoridade dos primeiros classificacionistas), observa-se uma ruptura com as concepções de Harris e de Dewey que, por sua vez, haviam se baseado em Bacon e Leibnitz. Deste modo, busca-se contribuir para uma síntese crítica do referido princípio como subsídio teórico aos estudos de organização do conhecimento. Para tanto, estuda-se a vigência deste princípio ao longo de um século por meio de distintos dados documentais (registro em dicionários, recuperação no Google etc.), reconhecendo-o enquanto elemento metodológico em sistemas de classificação e em padrões de registro. Nesse âmbito discutem-se os procedimentos top-down ou bottom-up de desenho de sistemas e se resenham três aplicações tradicionais da garantia literária, sugerindo-se três novas aplicações, em virtude de seu potencial metodológico. Tais aspectos levam a concluir pela crescente perspectiva de aplicação da garantia literária dentro e fora do campo da Ciência da Informação.
Main Authors: | , , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
2010
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-37862010000200003 |
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