Crítica literária e sociologia no Brasil e na Argentina
Ainda que os processos de modernização da crítica literária no Brasil e na Argentina se inscrevam em tradições intelectuais e organizações acadêmicas distintas, nos dois casos, e quase ao mesmo tempo, a crítica literária renovou-se por meio da relação estabelecida com a sociologia. Nesse sentido, duas trajetórias intelectuais, as de Adolfo Prieto e Antonio Candido, e dois empreendimentos culturais, as revistas Contorno (1953-1959) e Clima (1941-1944), são examinados. Entretanto, se nas duas experiências a renovação da crítica seguiu um caminho análogo, somente no Brasil ela se impôs como atividade desenvolvida no interior da universidade e como instância reconhecida de arbitragem da produção literária nas décadas de 1950 e 1960. Em outros termos, a consagração de Antonio Candido na cena cultural brasileira não pode ser comparada com a que alcançou Adolfo Prieto (ou qualquer outro crítico nesse período) na Argentina. Por quê? Nossa hipótese correlaciona a legitimação da crítica à perda de centralidade da literatura no mundo cultural
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
2011
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702011000200002 |
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