O tempo do trabalho: o tempo-devir frente ao tempo espacializado
Este artigo investiga a questão da produtividade do trabalho sob o prisma da interioridade recíproca entre o tempo e o trabalho. Essa interioridade revela, no plano conceitual, o enfrentamento entre duas concepções do tempo: o tempo espacializado, quantitativo e físico, medido pela sucessão de instantes materializados no relógio; e o tempo-devir, qualitativo e psicológico, entendido como duração, na qual há um ímpeto permanente da totalidade do passado em direção ao futuro. Esses tempos apresentam frente ao trabalho modos diferentes de manifestação social: o tempo espacializado se manifesta como disciplina e regulação dos atos de trabalho e o tempo-devir como mobilização da experiência passada e antecipação do porvir. Mostra-se, finalmente, que, embora estejam necessariamente vinculados ao trabalho, sendo ambos produtos sociais efetivos, existe um desequilíbrio claro na manifestação dos dois tipos de tempo.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo
2002
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702002000200001 |
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