Mãos de segunda mão? Tradução (in)direta e a relação em questão

Na última década, algumas editoras brasileiras passaram a investir em novas traduções de clássicos da literatura estrangeira, especialmente daqueles que já há muito circulam em língua portuguesa, mas em traduções ditas indiretas. São exemplares, nesse sentido, os casos mais recentes de novas traduções da literatura russa e alemã. Os números são significativos e podemos reconhecer aí uma nova tendência, mas cum grano salis. As estatísticas também mostram que esses números não são tão expressivos a ponto de podermos generalizar a tendência como regra para todo o campo editorial brasileiro, nem mesmo se restrito ao mercado literário. Para os estudos da tradução, no entanto, essa tendência reacende a discussão sobre as várias questões implicadas nessa modalidade de tradução. Este trabalho tem em vista pontuar os limites e as possibilidades da tradução direta e indireta e refletir sobre suas implicações para a crítica da tradução literária.

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Bibliographic Details
Main Author: Cardozo,Mauricio Mendonça
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: UNICAMP. Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) 2011
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-18132011000200012
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