Para que serve uma subjetividade? Foucault, tempo e corpo

O presente artigo procura retomar a mudança de rumo da obra de Foucault que determinou o enfoque sobre a subjetividade, sobretudo nos dois últimos volumes de História da Sexualidade. Com isso, nossa atenção volta-se para os marcos da definição de subjetividade como processo ou prática, que são a relação com o tempo e a dimensão transformacional ou criativa do corpo. Tal investigação conceitual sobre a subjetividade em Foucault procura indicar, outrossim, de que maneira a criação filosófica está relacionada ao modo de vida ou estilo de um filósofo. O pensamento derradeiro de Foucault é consistente com o estilo que ele vinha construindo no decorrer de sua obra, de modo que se discute a invectiva de que esta última fase, por razões várias, seria o lugar de um retorno do sujeito ou do homem que Foucault havia negado anteriormente.

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Bibliographic Details
Main Author: Cardoso Jr.,Hélio Rebello
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Curso de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2005
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722005000300008
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