Representação democrática: autonomia e interesse ou identidade e advocacy

Nas últimas décadas, o debate sobre a representação política tem focado as insuficiências dos modelos formalistas. Teóricas feministas recuperam o valor da representação descritiva, renomeada como "política de presença", que justificam com base na noção de "perspectiva social", desenvolvida na obra de Iris Marion Young. Numa direção em grande medida oposta, Nadia Urbinati enfatiza o caráter de advocacy da representação, démarche que ganha grande influência, inclusive no Brasil. Contra tais propostas, afirmo a necessidade de uma teoria da representação que volte a dar centralidade à categoria do "interesse", mas que, simultaneamente, dê ênfase à demanda por autonomia dos representados.

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Bibliographic Details
Main Author: Miguel,Luis Felipe
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: CEDEC 2011
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64452011000300003
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