Ter estado resultante não é ter construção resultativa: predicados secundários pseudo-resultativos e orações adjuntas de resultado no português brasileiro

RESUMO: O objetivo deste artigo é retomar a discussão na literatura acerca da presença de construções resultativas no português brasileiro. Este trabalho defende a hipótese de que não existam equivalentes sintáticos - e, consequentemente, semânticos - às construções resultativas nessa língua. Para justificar essa proposta, será demonstrado que línguas com emoldurações diferentes (framing, cf.: Talmy 2000, 2009, 2012) licenciam construções diferentes. Ademais, ao contrário das construções defendidas como resultativas no português brasileiro, construções resultativas genuínas correspondem somente a contextos em que o verbo denota modo/maneira, e o estado resultante da ação é expresso por um predicado secundário, parte de um domínio mono-oracional (vP).

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Bibliographic Details
Main Author: Barbosa,Julio William Curvelo
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP 2018
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502018000200547
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