Envolvimento de pais em creche: possibilidades e dificuldades de parceria
O envolvimento de pais com a educação das crianças, hoje no Brasil, é muito pouco investigado, seja na educação infantil ou nos outros níveis de educação. No entanto a literatura estrangeira nos aponta vários caminhos dependendo do foco da pesquisa. Neste estudo, a literatura usada foi a tipologia de Epstein (in Brandt, 1989), as esferas sobrepostas (Epstein, 1987), ambas baseadas na teoria ecológica de Bronfenbrenner (1979, 1996), e o modelo das pirâmides invertidas de Hornby (1990). O objetivo deste estudo consistiu em identificar os aspectos da relação entre a creche e os pais no que se refere à comunicação, expectativas e dificuldades de relacionamento, contribuições e as estratégias utilizadas para o envolvimento dentro da perspectiva dos pais, professoras e atendentes. Este estudo usa dados qualitativos coletados em entrevistas (questionário semi-estruturado) com 33 pais de crianças de 0 a 6 anos, 7 professores e 8 atendentes de uma creche de iniciativa voluntária. Os resultados, depois de análise feita através de categorias, mostram que a comunicação existente impossibilita a proximidade e trocas de informações. A atitude da creche para os pais é calcada numa postura de oferecimento da assistência à criança e a atitude dos pais na receptividade limitada calcada numa postura de favorecimento por estes serviços. O desconhecimento sobre as possibilidades de envolvimento exclui os pais, e delega à creche o poder de decisão sem a participação ativa da família.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília
2002
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722002000100008 |
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