Profetas e santidades selvagens. Missionários e caraíbas no Brasil colonial
Na batalha pela conquista das almas selvagens, os caraíbas, os grandes xamãs dos Tupinambá, foram considerados pelos missionários como instrumentos do demônio. Ao mesmo tempo, nas fontes quinhentistas e seiscentistas encontramos as categorias de "santidade" ou "profeta", como tradução do termo indígena caraíba. Remetendo os relatos missionários ao contexto histórico e cultural em que se produziram, o artigo tenta identificar o campo semântico a partir do qual o Ocidente evangelizador realizou a leitura e a construção da alteridade indígena. O "profeta" aparece assim como uma construção negociada: a linguagem religiosa é o terreno de mediação, onde cada cultura, a ocidental e a indígena, encontram o sentido da "diversidade" da outra.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Nacional de História - ANPUH
2001
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882001000100009 |
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