A invenção de uma tradição: as fontes históricas no debate entre afrocentristas e seus críticos
RESUMO: Este artigo visa analisar o uso das fontes históricas no debate entre a corrente filosófica do Afrocentrismo e as críticas que esta recebeu. O Afrocentrismo, principalmente na versão elaborada por Asante, propõe a revisão radical e a superação do paradigma eurocêntrico. O alicerce desta proposta é a ideia de que o pensamento filosófico e científico surgiu em África, nomeadamente na civilização egípcia, considerada “negra”, de acordo com a lição de Anta Diop. As provas de matriz histórica utilizadas pelos afrocentristas foram largamente contestadas. O artigo pretende evidenciar a forte ligação entre elaboração filosófica, aparato ideológico e “invenção” duma tradição histórica por parte do Afrocentrismo, cujo uso instrumental das fontes entra em choque com as regras básicas da ciência histórica. Daqui, as duras críticas recebidas, devido à sua escassa fiabilidade epistemológica e metodológica.
Main Authors: | , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho
2018
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742018000100605 |
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